Queria te fazer compreender além do que não sente. Te mostrar translúcidamente cada irrelevância que você quase implora que eu explicite, mesmo sem ter palavras, tão pouco explicações sensatas.
Sou nu à tua presença, disso sei-me inevitável desde que me sorriu, involuntáriamente, foi na primeira vez, inclusive, que nos vimos. Tão plástico e vivo num só corpo em pensamento brasileiramente denso de misturas e suave feito o vento que jorra eletricidade pelas esquinas sem ferir a pele. E apesar de tamanha fúria existencial desdobra-se elásticamente em brilho através dos negrumes-olhos por só carinho, energizante, cheio de desejo e sonho, como a luz de um amanhecer num terraço de um antigo edifício da copacabana do início do milênio, por entre pombos quase trangênicos (mas sublimes), reciclando a paisagem com os olhos numa intrínseca dança com a natureza violenta e harmônica e organicamente de um mistério estético imcomparável.
Só queria acalmar teu espírito com o beijo do silêncio, e não deste caos,
à Isto não pertenç_(emos) !
meu desejo é não possuir se não a surpresa e a coragem pra mergulhar-se nela.
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