quinta-feira, setembro 21, 2006
Intensidade Côr_rosiva
"O tempo é uma questão de côr" (CFA)
O canto de encanto que não precisa de maquiagem nem de palco nem aquecimento nem de espanto nem de esquecimento tinha os olhos fundos como o escuro brilhante de um rato negro e puro de juventude e vida que pulava pelos parapeitos de copacabana feito pomba mal acostumada a tragar da maresia como pó mágico pra respirar perfume na fuligem dos carros barulhentos... Mas a voz em personalidade tão estonteante tonteou tatilmente como ponteiros dançantes que derretem avenidas errantes com o rasgo de um sono embebido da paz burguesa ardente de artes coniventes de um presente que desconstrói pra criar 'exatamentes' pelas florestas das festejosas mentes que nasceram do brilho ardente daquela bola de fogo que paira no horizonte criando cores diferentes e fazendo de copacabana o cenário walt-disney da tecnologia dos deuses que abençoaram a terra carioca com tamanhas inspirações e intensidades. O Azul contaminou o negrume e fez furacões imprevisíveis nos telhados machucados das estruturas enguiçadas daqueles projetos conservadores e ultrapassados que na mente dormiam feito pão mofado. O cheiro que era doce e fétido, de repente ventou fazendo salivar temperos tão cristalinos que o mar amanheceu verde como nunca deram nome de tão bonito que os olhos mal acreditam enxergar. E o dia nasceu feliz, olhos inchados, corpo dolorido, café horroroso, o pão que o... ... bem, não estava amassado mas tinha o pecado a escorrer feito margarina industrializada. O clima daquele dia nunca havia feito igual, e junto com o planeta, todos mudávamos, numa velocidade sem referenciais se não a própria luz . . . a própria Intensidade.
uFGg
*CFA - Caio Fernando Abreu
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PARA FAZER CABER
Sorisos, vento, terraço,café, cacos de vidro pela manhâ, toque, pecado, segredo, pés, braços, rosto,novamente sorrisos. Palavras, poesias, Caio Fernando, cadernos, sentimentos, conquista, alcool, pessoas, caos, entidades noturnas, mar negro, olhos negros, borboletas ( das vermelhas ), cheiros, gostos, mágoas, amores, desejos, INTENSIDADE . admiração, paixão, cama, pão que não estava amassado, ciúmes, drama, comédia, palco, olhos atentos que acompanham teus movimentos, olhos expresivos que te dizem tudo ...tudo que a boca também acaba dizendo. Palavras cheias de personalidade que parecem Ter vida própria, e não me respeitam , não se calam, saem , falam , voam, cortam o silêncio da noite, destroem muralhas e corpos até chegarem ao coração...o seu... o meu....
Mas enfim a calma. A noite terminou, e mais uma noite terminou. As palvras, que caladas durante um curto/infinito espaço de tempo novamente querem sair, procurando caminhos, procurando formas, elas agora não são mais ditas, são escritas tecladas com força e pressa como raios saidos pelas pontas dos dedos. . . Mas eu falava de calma ... calma... calma... é preciso repetir para entender ...calma ... calma ...
Que o amor seja calmo, mas que não perca a intensidade. Que encontre a formula, a forma de amar sem destruir, sem ser cor_ rossivo .
... se tudo pode caber dentro de uma noite, pode , fácil, caber dentro da vida.
Anderson Oliveira
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