domingo, dezembro 24, 2006

no 4o
















































- Talvez seja este seu veneno a única cura para minha sanidade -


No teto quadrado

um redondo universo gira

tirando o foco de qualquer coisa

as estrelas artificiais

eu abstraio

captando os pseudo-brilhos

para melhorá-los na minha imaginação

e quanto ao barulho do motor do aquário - que já nem tenho mais

ouço o exato ritmo da cidade enfurecida

um batuque trêmulo de compasso acelerado

frenético borbulhar de som ensanguentado e incessante

que me pira e me gira e me gira e me pira

e eu aqui sozinho

entre tantas estrelas

tantas imagens

tantas mentiras

tantas memórias

tantas verdades...

e esse sal que escorre nas lágrimas

este sal indecifrável

este céu salgado de dores e desejos

e inúmeros temperos misturados

às vezes quero me entregar ao vazio pleno

deste giro

mas você, AH! VOCÊ!!!

TU: Sã Consciência

jamais me abandonarás

Sou lúcido até em minhas piores loucuras...

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