segunda-feira, fevereiro 26, 2007

por mais uma vez


























































falando de mim mesmo: outro
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Enquanto corria ele olhava a favela como se numa daquelas luzes soubesse iluminar o sentimento que, ainda sem nome, aquecia naquele momento os seus pensamentos, elétricos como seu ritmo de corrida... A areia saltando atrás de seus pés e uma música na paisagem,incentivava-o a continuar correndo até que não conseguisse mais sentir suas pernas... Mas mesmo assim, continuar... Olhando para o mar, sentia como se suas asas deslisassem pela superfície das ondas, e sabia-se assim um perfeito atobá a brincar com os movimentos e surpresas do oceano; dinâmica da vida.
O céu tinha mais estrelas que o normal... Ou seriam seus olhos mais aptos a enxergar além do meramente visível?
Talvez esse fosse o sintoma mais nítido do seu estado sublime de existência em deleite completo pelo estar amando assim, tão livre, tão irresponsavelmente ao acaso gratuito de um simples gostar, que, transbordando-se de tão perfeitamente imperfeito, acabava por contaminá-lo, imensamente, num mergulho vertiginoso, duma iminência que já está acontecendo..
Eu procuro incessantemente um encontro em que as vidas não precisem se cruzar, ou se chocarem quase de frente como muitas vezes me aconteceu. Mas sim, caminharem paralelas, acompanhando uma o ritmo da outra, sem querer querendo... Num indo que eu jamais poderia prever, mas que sabia que aconteceria, desde o início, numa ponta de intuição tímida que ainda teme se precipitar...
Às vezes eu sinto que estou tentando encontrar essa alma que me faça ser um 'conosco'. Outras... [que vão acontecendo sem muitos pensamentos], sinto que estou vivendo um 'estamos' inevitável e eterno...
Meu par ideal provavelmente não me é nada ideal e eu não temo os erros e só.
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