Quero desabafar: sabe, vez em quando acontece uma série de acontecimentos de força incontrolável. Tão difícil explicar como ... É toda uma rede de acontecimentos que poderia narrar mas gastaria horas tentando explicar uma coisa que deve ser no fundo tão simples. Tem momentos muito diferentes na vida, mas a intensidade parece-me uma coisa presente a todo instante. Parece que o mundo cai a cada instante, que o universo inteiro está em queda absurdamente rápida, como numa tempestade que percorre o corpo numa adrenalina inefável, como música... E eu misturo tudo numa coisa só, o tempo inteiro... Tempo? Uma coisa tão escapada de si mesma me faz ser um viver indomesticável como sou. Não tenho tempo, estações imprevisíveis, pólen invisível que aspiro sem perceber, mas que me fecunda com seu perfume invisível. Passado, presente, futuro, porque nesta ordem??? Pra mim é P(assado)RE(futuro)SENTE . . .É uma coisa só que se flui em si mesma, sem divisões tão nítidas como a matemática das palavras...
Não consigo desabafar: é tudo tão epifânico, escrever é um ato que por si me transforma tanto que ao fim do texto já nem reconheço o que talvez tivesse sido aquilo que me lembrava . . . INTENSIDADE: Porque tanta? E nisso tudo muitas vezes enlouqueço de não saber ao certo porque sou naquilo que estou sendo e simplesmente fluo selvagem a perceber os atos em seus exatos acontecimentos, sem pensamentos e somente desejos... e dores. Sou o sendo, vivo, tento, mas não entendo.
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