Uma coisa começou a me doer: ver que eu não sendo eu, fui sendo o desejo que sempre não meu. Uma tristeza cheia de uma saudade urgente de coisas pequenas acontecidas a tão pouco tempo começou a temperar meus pensamentos. Não sei o que machuca mais: se as dores que causei e não entendo como funcionam, ou se as dores que peguei emprestado e não sei sentir integralmente. Não sei um monte de coisas, mas uma coisa eu sei, sei que queria ter conquistado a amizade que enxerguei com tamanha naturalidade e eficiência, tão velozes no acontecimento dos dias. Tenho um impulso de não recusar os pedidos que só sabem ferir, e por dentro os recuso mas aceito a liberdade alheia com a alma vertiginosa, preparada pra me machucar, um preparo despreparado, mas proposital, talvez cheio de ânsia. Vertigem da liberdade, da entrega, do absurdo que só a beleza consegue alcançar, da beleza que só os olhos podem refletir, da reflexão que só a imaginação pode criar, da criação que só a mente pode conceber, da mentalização que só o espírito pode sentir; da sensação que só o corpo pode experimentar.
Quis amar e fiz me apaixonar, sempre com amor. Quis me apaixonar e amei, cheio de paixão ( e foi demais). O doce amor a machucar os egos que se desfragmentam com sua força incontestável, doces egos que amei, na paixão que amo estar amando, e continuar... que o esforço pra não me esforçar é inútil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário